Friday, December 1, 2006

Nas Grandes Superficies e Centros Comerciais a crise é só para os trabalhadores?

Em 2006 o custo de vida aumentou para as classes trabalhadoras de uma forma insustentável, com perdas reais do poder de compra, muito superiores à taxa de inflação.

Para 2007, além dos “normais” aumentos de Janeiro, nos transportes, água, portagens, tarifas e taxas municipais, electricidade, gás, etc., etc., temos já a garantia do Governo de que receberemos um aumento extra na factura eléctrica, novas taxas de utilização na saúde e novas portagens. E também já nos informaram que as prestações do crédito à habitação vão continuar a aumentar.

O Governo e o patronato explicam este permanente degradar das condições de vida dos trabalhadores com “a crise”, e que “é preciso apertar o cinto”. Só não explicam porque é que a Banca e o grande patronato bate recordes de lucros e o mercado de casas e carros de luxo floresce.

O Governo MENTE! E tem de mentir porque sendo eleito através do voto de todos os portugueses, está ao serviço de uma imensa minoria!

Os trabalhadores não têm ficado imóveis perante esta ofensiva, por muito que esse seja o conselho dado pelos bem pagos “formadores de opinião”.

Em Outubro e Novembro grandes lutas gerais demonstraram a crescente firmeza e unidade dos
trabalhadores, e obrigaram o Governo a ouvir as suas justas reivindicações.

Só o prosseguimento da luta e o reforço da unidade de todos os trabalhadores, poderá conseguir uma ruptura com a actual política, e conquistar um poder político que tenha em conta os interesses da maioria da população e não de uma minoria exploradora e parasitária.

Para que o Patronato e o Governo não conseguiam impôr mais uma redução real do salário em 2007, o aumento reivindicado pelo CESP de 4% e um mínimo de 20 € para os trabalhadores dos Hipers, Supers e Grandes Superficies é indispensável.

Mas só será conquistado pela luta!