Saturday, December 2, 2006

Números da "crise" no Sector e não só...

Empresas Multiplicam lucros!

Resultados Líquidos 2005:
Companhia Portuguesa de Hipermercados - 31Milhões 780 Mil Euros
Feira Nova - 11 Milhões 617 Mil Euros
Worten - 4 Milhões 575 Mil Euros
Zara - 18 Milhões 68 Mil Euros

Resultado Liquido Consolidado do 3º Trimestre de 2006 da Sierra Sonae (gestão Centros Comerciais e outras) - 155 Milhões de Euros - MAIS 52% QUE EM 2005!

A Sonae teve como Resultados Líquidos do 2º Semestre de 2006 cerca de 141 Milhões de Euros, mais 14% que em 2005.

Os resultados liquidos de 2005 do Pingo Doce, DIA Portugal e El Corte Inglês foram, respectivamente, de 37 Milhões 255 Mil Euros, 33 Milhões 310 Mil Euros e 5 Milhões 959 Mil Euros.

Mas fora do Sector o regabofe não é menor!

Lucros 3º Trimestre de 2006 do BCP, BES, Totta e BPI - 1400 Milhões de Euros - MAIS 19% QUE EM 2005!

Em 2005, os lucros por trabalhador das 500 maiores empresas aumentaram SETE VEZES MAIS do que os salários por trabalhador.

As 10 pessoas mais ricas em Portugal detêm tanta riqueza quanto auferem cerca de 2 MILHÕES de reformados e pensionistas por ano.

Os lucros das empresas cotadas em bolsa subiram 51% em 2005, ou seja, MAIS 4800 Milhões de Euros.

O Orçamento de Estado para 2007 mantêm as isenções fiscais para o Grande Capital financeiro (1500 Milhões de Euros em 2006)? Ou seja:

Enquanto os trabalhadores vêm os seus rendimentos diminuir e as suas despesas aumentar.
Enquanto o Aparelho Produtivo Nacional é desmantelado, e a capacidade do país produzir riqueza é seriamente afectada.

Os grandes grupos económicos, que têm o Governo no bolso, vêm os seus lucros disparar!

Friday, December 1, 2006

Nas Grandes Superficies e Centros Comerciais a crise é só para os trabalhadores?

Em 2006 o custo de vida aumentou para as classes trabalhadoras de uma forma insustentável, com perdas reais do poder de compra, muito superiores à taxa de inflação.

Para 2007, além dos “normais” aumentos de Janeiro, nos transportes, água, portagens, tarifas e taxas municipais, electricidade, gás, etc., etc., temos já a garantia do Governo de que receberemos um aumento extra na factura eléctrica, novas taxas de utilização na saúde e novas portagens. E também já nos informaram que as prestações do crédito à habitação vão continuar a aumentar.

O Governo e o patronato explicam este permanente degradar das condições de vida dos trabalhadores com “a crise”, e que “é preciso apertar o cinto”. Só não explicam porque é que a Banca e o grande patronato bate recordes de lucros e o mercado de casas e carros de luxo floresce.

O Governo MENTE! E tem de mentir porque sendo eleito através do voto de todos os portugueses, está ao serviço de uma imensa minoria!

Os trabalhadores não têm ficado imóveis perante esta ofensiva, por muito que esse seja o conselho dado pelos bem pagos “formadores de opinião”.

Em Outubro e Novembro grandes lutas gerais demonstraram a crescente firmeza e unidade dos
trabalhadores, e obrigaram o Governo a ouvir as suas justas reivindicações.

Só o prosseguimento da luta e o reforço da unidade de todos os trabalhadores, poderá conseguir uma ruptura com a actual política, e conquistar um poder político que tenha em conta os interesses da maioria da população e não de uma minoria exploradora e parasitária.

Para que o Patronato e o Governo não conseguiam impôr mais uma redução real do salário em 2007, o aumento reivindicado pelo CESP de 4% e um mínimo de 20 € para os trabalhadores dos Hipers, Supers e Grandes Superficies é indispensável.

Mas só será conquistado pela luta!